Next Stage for Hiking Mountain...

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domingo, 6 de novembro de 2016

Trilho Leonte aos Prados Vidoal, Alto do Borrageiro, Lomba Pau, Conho, Messe, Caveiros


Este trilho tem início na Casa do Guarda Florestal de Leonte, junto à estrada N308-1 na mata da Albergaria no Parque Nacional Peneda Gerês, que noutros tempos foram habitadas pela extinta profissão de Guarda Florestal, estes governantes que não viram interesse de guardar o que é mais importante, a Natureza Selvagem que tanto desprezamos. 

Parámos o carro no parque na Casa do Guarda de Leonte manhã cedo e começamos os preparativos para o trilho, está uns 5º celsius, o tempo vai manter frio e com períodos de aguaceiros e vento vindo de (N) e a possibilidade de queda de neve acima dos 1000 metros de altitude, bem esta é a previsão que temos para o dia e que para nós está muito boa, vai ser uma caminhada de 16,5Km com uma duração de 7:46H.

Mochila colocada às costas e tudo apostos marchamos deste vale frio e húmido para a montanha onde o Sol bate nos seus cumes, o caminho vai ser a subir dos 862m (Leonte) para os 1430m (Borrageiro) de altitude numa extensão de 4,5km, percorridos os 500 metros já sentimos o ar ofegante da subida, mantemos o ritmo para não arrefecer pois deste lado da montanha é mais sombrio e os musgos nas pedras dificultam a caminhada, só apanhamos o terreno mais plano e Sol ao Chegar ao primeiro deste trilho o Prado do Vidoal.

Prado do Vidoal com o seu pequeno abrigo feito em pedra granítica nos 1111m de altitude, que dá refúgio aos pastores e mesmo aos montanheiros que ali passam nos dias mais tempestuosos, repousamos um pouco para baixar o ritmo cardíaco e beber água, tiramos as fotos da bela paisagem e seguimos o nosso caminho, pois temos percorrido 1,5km e continuamos a subida pelo trilho marcado por mariolas a paisagem aqui marca a presença do Azevinho e dos Pinheiros-Silvestres até chegarmos a Freza.

Freza um local êxtase nos 1200m altitude, aqui se avista a (S) o fantástico Vale Teixeira e os dois Currais, eles Curral do Camalhão e da Teixeira, no fundo do Vale Teixeira estão os vários pequenos rios, rio Camalhão é pequeno que recebe as águas do rio Areeiro que depois passa para o rio da Teixeira e este vai até receber as águas do rio da Lomba, antes da Cascata do Arado onde passa a Rio Arado onde desagua no Rio Fafião e este vai desaguar ao Rio Cavado. O vento Forte e frio faz-se sentir nas orelhas e o nosso arrefecimento foi rápido e continuamos a subida mais acentuada por pedra solta e rochedos até Chã da Fonte.

Chã da Fonte um pequeno planalto que fizemos uma pequena pausa, pois temos percorrido 3,3km e estamos a 1280m de altitude, o tempo está negro para (N) para as Montanhas da Portela do homem já deve estar a chover, repostas as energias caminhamos para o alto do Borrageiro o trilho até lá e feito tipo alpinismo pelo maciço granítico que põe á prova os gémeos das pernas que por vezes temos de saltar de uma rocha para a outra até lá chegar.

Alto do cume do Borrageiro, nos 1430m de altitude é a 14ª mais alta de Portugal continental, fica para somar o registo a nossa conquista ao cume do Borrageiro, aqui está incrivelmente ventoso e frio arriscaria dizê-lo uns 3º Celsius fora a sensação térmica isso aí desceria para lá para os 0º Celsius, deste cume do Borrageiro podemos avistar a indescritível paisagem na qual podemos ver o vale do Cávado, as serras da Cabreira, de Fafe Basto, Amarela, do Soajo, da Peneda, do Larouco, do Facho, do Barroso e ao longe as serras do Marão, do Alvão, e do Corno de Bico, Nevosa desta serra do Gerês. Seguimos para (N) para o Prado Lomba de Pau, estamos a trilhar em azimute para a grande mariola que faz entrar novamente no trilho que passa mais abaixo desta montanha, que nos guia para o Prado Lomba de Pau.

Prado Lomba de Pau está a 1330m de altitude e temos já percorrido 5,90km, é um prado alagado por pequenas poças de água das recentes chuvas. Aqui alivia-mos as costas das mochilas e repousamos para almoço, são 12:40H abrimos as mochilas retiramos os queimadores a gás e toca pôr água aquecer para cozer as massas, entretanto sentimos um aumento de vento e sentimos pequenos flocos de neve a cair sobre nós, foi um momento incrível, tínhamos previsto queda de neve acima dos 1000m e lá estava ela! Durou pouco, mas foi bem bom mais do que isso teríamos de nos abrigar ali no pequeno abrigo enquanto almoçávamos. No fim de termos tomado o café quentinho depois do almoço seguimos a rota bem mais compostos, desde das energias às físicas lá vamos nós, entretanto ouvimos vozes de um pequeno grupo a aproximar, vinham de Leonte a percorrer o trilho dos Prados, uma breve apresentação individual continuamos o trilho a caminho do Prado do Conho, onde este grupo ficaria para almoçar dito pelo Sr. Vergílio a ementa era Costeletão de novilho a Sra. Messe vinha a ler o mapa do GPS pois em termo de conversa e troca de ideias chegamos às mariolas que no fundo avista-se o Prado do Conho é uma descida por rocha saibrenta que deu para a Sra. escorrega e dá com o traseiro na rocha, são as mazelas de uma caminheiro.

Prado do Conho está a 1270m de altitude a uma distância do prado anterior de apenas 1km, entramos no prado sai logo avista o grande penedo e uns Carvalhos-Negrais centenários, ao fundo a Cabana do Prado do Conho onde iriam almoçar estas três pessoas, despedimos do grupo e seguimos a nossa rota, pois temos 3:30H de Sol e estamos mais ou menos a meio do trilho seguimos as grandes mariolas que nos guiam até ao próximo prado que está perto dos 2km deste, o trilho é bastante trilhado pois nota-se bem entre a carqueja, num raio de 360º a paisagem é maravilhosa digna do nosso tempo ali perdido a fotografar as cores das nuvens com os cumes esbranquiçados das montanha, ambos parámos de repente e com gestos sinalizamos que ouvimos um curto uivar e mais nada se ouviu naqueles minutos que estivemos imóveis, poderia ser lobo mas como está muito vento nos cumes até parece que o Aeolus está para lá do Vale do Homem, essa força do vento poderá trazer mais chuva ou mesmo neve, avistamos umas ruínas ao longe ao passar pelas grandes mariolas que indica a chegada ao Prado da Messe.

Prado da Messe está a 1184m de altitude e na extensão do nosso trilho de 9km, o Prado da Messe é bem maior dos que os anteriores, tem consideravelmente uns 700 metros de comprimento entre duas grandes montanhas, chegamos à Cabana do Prado da Messe que descansamos um pouco antes de partir novamente, entretanto visitamos o interior da cabana que bem se passava uma noite de verão pois de inverno temos de arranjar lenha para nos aquecer, aqui também tem os Carvalhos-Negrais e um deles já caído de tronco branco sobressai do verde da erva e os cogumelos amarelos que lentamente vão consumindo. Mochilas novamente às costas, seguimos para o nosso ponto seguinte Prado dos Caveiros mas até lá subimos um pouco mais a montanha para descer até lá, que avistamos no topo desta montanha um Cavalo Garrano que nos observa curiosamente enquanto o resto da manada afasta-se lentamente à nossa aproximação, ao descer a montanha já podemos avistar os Prados dos Caveiros.

Prados dos Caveiros está a 1100 metros, aqui passamos pelo cume da montanha não descemos pois já estamos com 11km e faltam mais 5km até á Casa do Guarda Florestal de Leonte e temos menos de 1:40H de iluminação solar, sabemos que é por estrada mas ainda nos falta descer o trilho em zig zag até á cota de nivél da estrada, por isso ficou registado a foto panorâmica e seguimos a marcha, o trilho até á estrada é sempre a descer e com alguns pontos que ter uma necessidade de atenção pois escorrega ou torcer um pé nas pedras soltas, mas não é difícil isto se tivermos o piso seco e sem neve ou gelo, pois essas condições altera e muito a dificuldade. Em 2km do trilho descemos 422 metros de altitude até á estrada da Mata de Albergaria.


Estrada da Mata de Albergaria finalmente o ponto mais plano para descansar as pernas da travagem frequente da descida, aqui a progressão é mais rápida, mas temos uns 3km por percorrer até ao ponto inicial e parece que não o alcatrão após de andar na montanha também cansa, mas o problema é a passagem dos automóveis que passam deixam o rasto do combustível queimado que nós vimos purificados da montanha que logo sentimos esse desagradável cheiro, por agora é aguentar, e a chuva começa a cair mesmo no ultimo quilometro já anseio a chegada para comer uma barra pois já tenho as energias mais baixas, tirando o cansaço a caminhada é agradável pela mata de Albergaria os tons castanhos do Outono que encham as bermas da estrada de folhas, e pronto chegamos á Casa do Guarda Florestal de Leonte.

Foi um lindíssimo trilho que aconselho, considero o trilho moderado nestas condições atmosféricas.
Álvaro Rego Pinto
PNPG - Leonte 06 de Novembro de 2016 

Detalhes do trilho para o GPS:

Informação do Trilho: Não Sinalizado
Dificuldade: Moderado
Equipamento GPS : Garmin eTrex20 
Companheiros: Álvaro Rego Pinto e Maurício Lopes.


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